terça-feira, 26 de junho de 2018

Região da Pampulha.

ORIGEM:

Em 1936, na administração do prefeito Otacílio Negrão de Lima, iniciou-se o represamento do ribeirão Pampulha para construção da barragem da Pampulha, inaugurada em 1943, cuja finalidade era fazer o controle das cheias dos tributários e promover o abastecimento da cidade.

No decorrer dos anos 40, como marco da modernidade belohorizontina, foi implantado o conjunto urbanístico e arquitetônico da Pampulha, com projetos arquitetônicos originais do jovem arquiteto Oscar Niemeyer Soares Filho. Considerado um ícone da modernidade e das perspectivas desenvolvimentistas de Juscelino Kubitschek, a Pampulha promoveu a interação entre a arquitetura, artes plásticas e paisagismos. 

À arquitetura de Oscar Niemeyer, juntaram-se a pintura de afrescos e azulejos de Cândido Portinari, as esculturas de Ceschiatti, Zamoiski e José Pedrosa, o painel de Paulo Wernech e o paisagismo de Roberto Burle Marx. 

Com a Pampulha, configurou-se uma das mais importantes correntes da arquitetura moderna a serviço da beleza plástica da qual Niemeyer foi o mestre.

Inaugurado em 5 de setembro de 1965, o Estádio Governador Magalhães Pinto, mais conhecido como Mineirão, com capacidade para cerca 100 mil torcedores, faz parte do conjunto arquitetônico e paisagístico da Pampulha, sendo o segundo maior estádio coberto do Brasil e do mundo.

Na esteira do complexo arquitetônico, foi incorporado ao projeto o Aeroporto da Pampulha, construído em 1933, que iniciou suas atividades para atender aos vôos do Correio Aéreo Militar, com a denominação oficial de Destacamento da Aviação. 
Atualmente, conta com uma área de 2 milhões de metros quadrados, e fica a uma distância de 8 km do Centro.

Principal cartão postal da região, a Igreja de São Francisco de Assis, projetada na década de 40, reproduz as formas sinuosas das montanhas de Minas. Tem composição inusitada, em arcos parabólicos, com mobiliário original e importante acervo artístico: retábulo de São Francisco -pintura em afresco; conjunto da via sacra - pintura de cavalete; azulejaria de Cândido Portinari; relevo de Alfredo Ceschiatti, em bronze fundido em uma só chapa; painel e mosaicos de Paulo Wernech e os jardins de Burle Marx. Consagrada em 1960, é considerada um dos maiores exemplos da arquitetura religiosa moderna. 

Em 1947, recebeu tombamento federal e, em 1984, pelo Instituto Estadual do Patrimômio Histórico e Artístico de Minas Gerais – IEPHA-MG.

Nessa região, situa-se uma das maiores bacias hidrográficas metropolitanas do país, composta por 11 afluentes: córregos Mergulhão, Tijuco, Ressaca, Sarandi, Água Funda, Braúnas, Olhos DÁgua, Garças, AABB, Bandeirantes e outros, sem denominação. Os córregos Sarandi, Ressaca e Água Funda são os de maior importância, pois, juntos, são responsáveis pelo aporte de 75% dos sedimentos que poluem a Lagoa.

A região destaca-se pela grande aporte de áreas verdes. Além da Fundação Zoobotânica e do Campus da Universidade Federal de Minas Gerais -UFMG, compõem a região vários parques ecológicos, tais como: Ursulina de Melo, Dona Clara, Ouro Preto, Garças, Fazenda Lagoa do Nado (este é um parque inter-regional) e outros.

A Pampulha apresenta relevo de região semi-plana, pouco acidentada, com altitude variando entre 751 e 850 metros. Detém grande parte dos equipamentos públicos da cidade como o aeroporto da Pampulha (responsável por pousos e decolagens regionais), o complexo arquitetônico (Museu de Arte Moderna, Casa do Baile e Igreja São Francisco), o Estádio Governador Magalhães Pinto (Mineirão), o Ginásio do Mineirinho e a UFMG. 

A Pampulha é, também uma região com vários clubes campestres e de lazer, atraindo um grande número de pessoas durante os fins de semana.

Leia mais: https://bairrosdebelohorizonte.webnode.com.br/regi%c3%a3o%20da%20pampulha-/

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